Hipertermia em cães e gatos, o que é preciso saber?

Pets afetados pela hipertermia devem ser socorridos rapidamente por um médico veterinário; quadro é considerado emergência veterinária

As altas temperaturas causadas pelas fortes ondas de calor vividas nos últimos tempos podem nos trazer diversos problemas de saúde. Com os nossos animais de estimação a situação não é diferente.

Os cães e gatos podem ser acometidos pela hipertermia, que tem como a principal causa o aumento extremo da temperatura corporal do animal. Dependendo do caso, nos mais graves, pode inclusive levar o pet à morte.

O bom é que há formas de prevenir esse quadro, garantindo bem-estar e saúde dos nossos amados bichinhos.

Saiba mais sobre o assunto nas próximas linhas!

Predisposição

Algumas raças são mais predispostas a desenvolverem esse problema. Nos cães, as de focinho mais curto (braquicéfalas) são as com mais riscos de serem acometidos pelo problema. Dentre elas estão: shihtzu; pug, buldogue inglês e francês, lhasa apso, boxer, sharpei etc.

É importante ressaltar que dentro desse grupo de risco canino, deve-se ainda acrescentar os cães de grande porte ou com pelagem com espessura grossa que praticam atividades físicas sob o sol quente; filhotes; idosos; cardíacos; obesos e doentes.

Já as raças de bichanos mais propensas a hipertermia são as com pelos mais abundantes e também braquicéfalas.

Sintomas

Os sintomas que o pet com hipertermia apresentará são diversos. Os mais comuns nos nossos amigos de quatro patas são: choque, descoordenação, enjoo, fraqueza, língua azul ou avermelhada, ofegância, ritmo cardíaco elevado, temperatura elevada, incapacidade de se mover, salivação abundante entre outros.

Já nos gatinhos, os sintomas serão: convulsões, dificuldade de manter a postura, erupções na pele avermelhadas, respiração alterada, vômito, tremor, ofegar excessivo, pele e mucosas azuladas.

Como socorrer?

Ao notar qualquer sinal de hipertermia, o tutor deverá socorrer o animal. Dentre as ações que devem ser seguidas estão levá-lo a um local fresco e se necessário, utilizar um ventilador para refrescá-lo; aplicar panos de água fresca na cabeça, abdômen, cabeça, pescoço, patas e peito; umedecer a boca do animal com um spray, buscar ajuda de um veterinário. Não é recomendado que o tutor cubra o animal ou dê banho.

A confirmação do diagnóstico deverá ser feita por um médico veterinário após avaliação clínica e histórico do animal.

Tratamento

O tratamento para hipertermia é baseado no esfriamento do animal. Em alguns casos, poderá ser administrada medicação; sugerida terapia de fluídos; desobstrução as vias respiratórias.

Prevenção

Algumas ações consideradas simples podem contribuir para a prevenção da hipertermia:

 

Por Ana Lúcia Guarnieri