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Paralisia das patas dos gatos: o que pode ser?

Paralisia das patas dos gatos: o que pode ser?

Quem tem um pet em casa já sabe que deve ficar sempre de olho no animal. Qualquer mudança no andar, na alimentação, no comportamento e até mesmo no sono, deve buscar ajuda de um médico veterinário.

Os gatos, animais tão amáveis e adorados, podem estar sujeitos a diversos problemas de saúde, como por exemplo, a paralisia das patas traseiras (perda da movimentação total).

Esta condição pode ter diversas causas e somente um profissional poderá identificá-la com exames e prescrever o melhor tratamento para o bem-estar do bichano.

Descrevemos nas próximas linhas algumas possíveis causas desse problema.

Traumas

Apesar de um dos quesitos da guarda responsável seja manter o animal seguro no lar, há muitos bichanos que ainda dão aquela voltinha pela vizinhança, principalmente no período noturno.

Além dos perigos de envenenamento, ataque de outros animais como os cachorros, esses animais ficam também suscetíveis ao atropelamento. O impacto poderá causar fratura na pelve e/ou comprometer a coluna vertebral do gato e causar a paralisia. Isso ocorre pelo interrompimento da comunicação nervosas com as pernas.

Outro tipo de trauma que pode ser causado e trazer diversas consequências negativas ao animal é a queda de altura. Ainda existem tutores que não telam suas varandas, janelas e acabam expondo o animal a esse tipo de acidente.

Em casos de paralisia por trauma, de modo geral, o bichano tende a tentar mover as pernas não afetadas, arrastando as machucadas. Caso estejam todas comprometidas, o animal não terá nenhum movimento nesses membros.

É importante frisar que esses traumas muitas vezes não afetam somente a parte ortopédica do animal, mas podem causar danos também há alguns órgãos como na bexiga, diafragma etc. As lesões podem ser graves e comprometer a saúde, bem-estar do pet e deixar sequelas pelo resto da vida do animal.

Muitos gatos, após esses traumas podem desenvolver o andar medular, que é voltar a andar por reflexo do organismo. Voltam a ter uma locomoção por outras vias. É raro acontecer, mas em gatos é possível.

Cardiomiopatia hipertrófica

A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca mais frequente em gatos. É uma patologia que causa um espessamento da massa miocárdica no ventrículo esquerdo e como consequência há alteração no fluxo sanguíneo e na viscosidade sanguínea.

Quando isso ocorre, há uma tendência de formação de trombos em extremidades como nas patas traseiras e cauda. É um caso emergencial e o diagnóstico precisa ser rápido para que possíveis intervenções necessárias sejam realizadas.

Acredita-se que essa doença tenha um padrão hereditário, seja mais comum em gatos de porte grande.

O check-up anual é uma das formas de investigação precoce da doença e inclusive, já existe um marcador sanguíneo que aponta a doença. O ecocardiograma também auxiliará o veterinário na conclusão do diagnóstico.

Todos os gatos devem fazer esses exames a cada 12 meses, principalmente os que têm a partir de 6 anos de idade.

Linfoma Medular

O linfoma medular pode ser um dos causadores da paralisia das patas dos bichanos. É induzido pelo vírus da leucemia felina (FeLV), que afeta a medula espinhal e o sistema nervoso central.

Com origem nas células do sistema imunológico, o linfoma medular é um tipo de câncer, que cresce dentro da medula e faz uma compressão mecânica de nervos e terminações nervosas impedindo a passagem do estímulo nervoso causando a paralisia.

Os sintomas que o animal adoecido apresentará dependerá da localização e extensão do tumor. Além da paralisia, podem ter as seguintes manifestações: fraqueza, dor, perda de sensibilidade e incontinência urinária e fecal.

O diagnóstico do linfoma medular é feito com o auxílio de exames de imagem, resultado de biópsia e análise do líquor.

Problemas pós-paralisia

A paralisia, como citado anteriormente, pode trazer diversas consequências aos bichanos, dependendo do local que ocorreu a lesão.

Um desses impactos é o surgimento de outras paralisias como a da vesícula urinária. Todos os animais paralisados têm um distúrbio no fluxo urinário e fecal.

Outros problemas, pós-paralisia, é a perda de massa muscular e o surgimento de machucados por conta do atrito do membro arrastado.

Existem diversas terapias que podem auxiliar o bichano nessa situação como acupuntura, laserterapia, fisioterapia entre outras, que trarão ao animal bem-estar. O gato paralisado não é sinônimo de final de vida.

Por Ana Lúcia Guarnieri


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