Pets exóticos: a vez é deles!

Espécies consideradas exóticas têm conquistado cada vez mais brasileiros; mercado tem buscado acompanhar esse nicho

Gato, cachorro e passarinho. Essas foram há alguns anos as espécies favoritas para se ter em casa, se não quase que exclusivas, quando o assunto era animal de estimação. Tê-los pelos quintais, em viveiros, era tão parte do cotidiano que pensar em ser tutor de outras espécies era um espanto.

Imagina ter um mini porco, uma cobra, uma iguana, um furão ou uma chinchila como pet em casa? A ideia, que antes causava “arrepios” em muitos por serem animais diferentes, ganhou novas perspectivas. Assim como os animais de estimação convencionais eles também “invadiram” os lares e conquistaram muitos corações.

A vez é deles, dos exóticos!

O termo

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra exótico pode ter três significados. O que mais se adequa a referência do termo pet exótico é não ser natural do país em que estão ou vão viver, ou seja, animais que não ocorre naturalmente em uma determinada região geográfica. Foi introduzido pelo homem de forma intencional ou acidental naquela localidade.

As calopsitas, por exemplo, são consideradas exóticas. Nativas da Austrália, integram a extensa lista de pets exóticos.

Outros exemplos de animais de estimação exóticos são os porquinhos das Índia, alguns exemplares de cobras, aranhas, porcos, coelhos, chinchilas, roedores, iguanas, aves, peixes etc.

Conhecendo o animal

Tão importante quanto adquirir um exemplar dentro das leis é se informar sobre o animal que quer ter, quais são as necessidades da espécie (hábitos, alimentação e até mesmo o espaço que precisará ter para mantê-lo adequadamente), expectativa de vida.

Deverá levar em conta ainda se suas condições financeiras são compatíveis aos gastos que exigirão e os gostos e limites pessoais dos tutores.

Assim como outros pets, os exóticos também precisam de amor e cuidados para se sentirem confortáveis nessa nova moradia.

Exemplos e cuidados

Iguanas, saguis, roedores pequenos, micro pig, pássaros, pequenos anfíbios, aranhas, furão, peixes são alguns exemplos de pets exóticos.

De modo geral, todos deverão ter um espaço adequado e equipado com acessórios visando seu bem-estar e higiene; alimentação compatível e de qualidade; tempo de contato com o tutor; acompanhamento veterinário regular.

Listamos nas próximas linhas algumas espécies e detalhamos sobre as suas necessidades:

Aves

Há diversas aves que são consideradas exóticas como os papagaios, as cacatuas e as calopsitas. Todas são muito inteligentes e gostam de atenção dos tutores.

Devem ter um viveiro de tamanho adequado, abrigadas do frio e vento e exposição frequente do sol; alimentação adequada a espécie e balanceada de acordo com a indicação de um médico veterinário;

Cobras

Algumas espécies de cobras não-peçonhentas são autorizadas pelo Ibama. Dentre elas estão a cobra do milho, píton (índia e real) e a jiboia. Todas são carnívoras. Em cativeiro, costumam ingerir pequenos ratos e camundongos. Necessitam de um terrário de acordo com o seu tamanho e precisam viver em condições ideias de umidade e temperatura;

Iguana

A iguana é um dos tipos de pet exótico que tem grande procura. São pets mais independentes e não necessitam de interação com o tutor em todo momento.

Quando domesticadas desde pequenas, costumam ser dóceis. Podem viver até 20 anos de vida e ter, em sua fase adulta, até 2 metros de comprimento.

Sua base alimentar é composta por uma ração específica, flores de hibisco, ovos e insetos. Suplementação de vitaminas também podem ser sugeridas. O seu terrário deverá contar com espaço amplo e iluminação adequada, temperatura e umidade controlada;

Mini pig

O mini pig é considerado dócil, companheiro e apegado à família humana. Pode viver até 30 anos e não passa dos 90 cm. Sua alimentação é composta por ração específica, legumes e verdura. Necessitam de atividade física e local adequado para descansarem.

Por Ana Lúcia Guarnieri