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Tem pet novo no pedaço

Tem pet novo no pedaço

A adaptação poderá variar de animal para animal e muitas vezes, dependerá da personalidade do pet.

A chegada de um novo pet na família é sempre um momento de alegria. Para muitos tutores, é também período de angustia e preocupação. Dúvidas como melhor adaptá-lo ao novo ambiente e aos outros animais da casa são frequentes e causam certa insegurança. Seja um cão, um gato, uma ave ou outro animal, todo começo exige atenção e adaptação para os pets e tutores.

Muitos donos recorrem a ajuda profissional, principalmente quando o animal é um cachorro. O adestrador de cães Alessandro Silva Francisco, que está há 19 anos na profissão, é contratado muitas vezes para ajudar nesse processo. Ele intervém para ajudar o animal a sentir-se confortável com a nova família e realmente “em casa”.

Lembre-se que antes de comprar ou adotar um animal é preciso pesquisar sobre a raça: tamanho e porte, adaptação em m² e onde irá viver. Precisará oferecer a ele um espaço e atividades que sejam compatíveis ao seu tamanho e hábitos.

Cães:

Antes da chegada do animal

A primeira coisa a se pensar quando se fala sobre a chegada de um cão em seu novo lar, independente da sua idade ou origem, é entender de que forma o processo deverá ser feito.

Segundo Alessandro, em qualquer caso, deverá ocorrer lentamente: “A adaptação do cão deve ser feita de forma lenta e respeitando sempre o limite de cada indivíduo canino. Requer muita paciência e principalmente insistência do dono em fazer essa modelagem do antigo ambiente com o novo”.

Os animais deverão ter um ambiente preparado para viverem: limpo, higienizado, com bebedouros e comedouros, caminhas, protegido de sol e chuva. Em casos de cão de guarda, que tem um contato mais restrito, é importante que nessa casa exista um canil.

Com cães pets, que tem mais liberdade aos ambientes da casa, nesse primeiro momento, é importante que mostre a ele a casa toda e vá permitindo sua circulação em cômodos diferentes somente com o passar dos dias. Em ambiente neutro (animal não conhece) é mais fácil impor as regras. Ele precisará fazer por merecer para ganhar os outros espaços. É necessário que o acostume a ficar em um lugar só e não abrir exceção. Se determinar que ele vai dormir na lavanderia, será somente lá. Precisará ser firme.

O profissional alertou sobre cuidados que deverão ser tomados com produtos químicos e plantas, a fim de evitar o envenenamento do animal. Os filhotes, por serem mais curiosos, são mais propensos a esse tipo de acidente.

Alimentação – O alimento não deverá ficar exposto nos comedouros. Caso o animal não coma em no máximo 10 minutos, é necessário que seja retirado.

Brinquedos – Ofereça ao animal somente o que ele possa brincar. Acostume seu pet somente com brinquedos e nunca com sapatos ou outros objetos de uso pessoal ou da casa.

Cão adulto x filhote

A adaptação de um cão adulto com um filhote pode ser diferente. Alessandro pontuou qual diferença poderá existir: “Um cão que vem de um canil, com certeza vai ter um tipo de comportamento. Um cão adotado em outra fase, dependendo do ambiente no qual teve a sua infância e juventude, poderá apresentar outro comportamento, como trauma. Pode haver diferença, não que seja regra. Muitas vezes um cão adulto pode se adaptar tão bem quanto um filhote”.

Ainda sobre filhotes, ressaltou a importância da socialização desse animal com o mundo: “É muito importante que esses cães sejam socializados e ambientados entre os 45 e 90 primeiros dias de vida. Não passar por essa experiência nesse período poderá deixar o animal medroso, inseguro”.

Outros animais na casa

A adaptação do cão com outro animal da casa seja outro cachorro, gato ou pássaro, tem que ser feita com muita cautela, já que talvez esse outro bicho não seja conhecido do cachorro. Segundo Alessandro, “se for filhote a adaptação fica mais fácil, mas se for adulto, que já é cheio de vícios, se torna mais difícil e tem que redobrar a atenção”.

No caso de dois cães, a preferência deve ser dada sempre ao animal que está na casa a mais tempo: “Se o cão é filhote e já tem outro na casa, a preferência será sempre do cão mais antigo da casa. Se vai dar um biscoito, vai para o cão mais velho primeiro. Carinho, primeiro pro mais velho em seguida no mais novo. Pode gerar ciúmes e causar briga. É sempre recomendável nesses casos ter ajuda de um adestrador, porque envolve riscos. Se pegar um pássaro, em uma mordida, pode matar. Um cão com outro, pode sair briga”.

Amigos – É comum haver estranhamento entre os animais no início, ainda mais se um é filhote e o outro adulto, ou ainda do mesmo sexo. O equilíbrio para a convivência, segundo o adestrador, é casal. O ideal é permitir o contato aos poucos e gradativamente ir aumentando o tempo entre eles. Ao perceber qualquer sinal de estranheza (cão fica com a boca fechada, cauda ereta, peito arqueado) é necessária a intervenção porque há riscos.

Mudança de residência

Vai mudar com a família toda para uma nova casa? A melhor forma de adaptar seu cão é leva-lo para passear por diversas vezes ao local antes da mudança definitiva. Assim explica Alessandro: “Se possível, durante o trâmite da nova casa, leve esse animal para passear nessa nova moradia. Deixe que brinque com a casa vazia, interaja com esse animal. Leve uma bolinha. Depois retorne com ele para a antiga casa. Tudo que conseguir apresentar para o cachorro de uma forma prazerosa, ajudará para que a adaptação seja mais tranquila”.

Outra dica que o adestrador dá, é que a visita e permanência nesse novo espaço aconteçam durante o dia: “A noite já está silêncio, por isso, é bom que o animal vá durante o dia, quando há mais movimento. O cachorro vai ouvir barulhos que não escutava no outro lar. Isso contribuirá para que quando a mudança ocorra definitivamente, fique calmo e estranhe menos”.

Reações – Há algumas reações que o animal poderá ter nesse período de adaptação ao novo lar. Alessandro citou algumas: “Cães, em que não se respeitou o limite de adaptação, tendem a raspar portas desesperados, ficar entediado, uivar e latir. São sinais de que está inseguro ou até mesmo sentindo solidão por não terem referências daquele novo espaço, mesmo com a presença da família”.

Sobre como a melhor forma de sanar esses comportamentos, o adestrador explicou que dependendo da situação o próprio tutor consegue solucionar, porém como o problema surge normalmente em função de outro, a intervenção de um profissional será necessária.

O que levar – Com a mudança, é preciso levar o que o animal tinha na outra casa: caminha, brinquedos, pedaço de pano (pode ser esfregado no chão). Tudo que tenha o cheiro do antigo lar e que funcione para ele como um sinal, uma referência do ambiente que já era familiarizado. Essa tática é válida para cães em qualquer idade.

Gatos:

Diferente das aves e também dos cachorros, os gatos não se adaptam facilmente a novos ambientes. Quem deseja os ter, precisará de paciência, persistência e sensibilidade.

Antes de trazê-lo a essa nova moradia, deixe tudo pronto. Mantenha no novo ambiente o que tinha no outro local: comedouro, bebedouro, brinquedos, arranhador, caminha e caixa de areia.

Caso more em apartamento ou em casas com mais de um andar, instale telas de proteção nas janelas para segurança do animal, evitando assim acidentes desnecessários. Pode ser que ao sentir-se acuado, queira escapar por essas aberturas.

Início da adaptação

A adaptação já se inicia durante o transporte desse animal ao seu novo lar. Ao chegar na residência, coloque o animal com todos seus pertences em um cômodo fechado, com tamanho adequado, e o deixe livremente. Essa ação fará com que se familiarize com seu território e se sinta seguro. Aos poucos, libere o acesso do bichano aos outros ambientes da casa.

Dê atenção e carinho para que se acostume a você, mas não o sufoque. É importante que respeite o espaço do animal e não o pressione.

Pode ser que o estresse nesse período cause algumas mudanças no animal como a diminuição de apetite (ofereça petiscos e a ração que já é acostumado) e passe a se esconder embaixo da mobília. Caso aconteça não se assuste, já que dentro de alguns dias se familiarizará com o novo espaço e voltará a socializar.

Mudança de lar

Leve o gato ao novo ambiente somente depois que toda mudança tenha sido feita e que móveis e objetos estejam em seu devido lugar. Rapidamente ele reconhecerá o cheiro e se sentirá mais tranquilo.

Não o vacine próximo ao período da mudança, dê bem antes ou após ele já estar acostumado com a nova casa.

É importante que pelo menos na primeira semana, não o deixe sozinho. Está perdido, sem entender o que está fazendo naquele local. Seu carinho, cheiro e a sensação acolhimento e proteção deverão acalmá-lo.

O indicado, como acontece com gatos que não conhecem ainda seus tutores, é que em primeiro momento o deixe livre em um cômodo fechado da casa e aos poucos permita que explore outros ambientes do domicílio. Só permita saidinhas na rua quando o animal esteja ambientado e confortável no novo lar, pelo senso de direção aflorado (excelente memória visual e olfativa), tendem a retornar para seu antigo espaço.

Aves:

Escolha da ave

Assim como animais de outras espécies, é preciso antes de escolher qual ave ter como pet, conhecer sobre elas e qual pássaro é mais adequado ao seu estilo de vida. A adaptação se tornará mais fácil com ajuda do dono e ainda criará um laço afetivo entre o animal e seu tutor. É mais simples e tranquila do que a que ocorre com outras espécies como gatos e cachorros.

Espaço

Escolhida a ave (opte sempre pelas domésticas como calopsitas, por exemplo), é hora de preparar o local onde ficará. A gaiola deverá acomodar confortavelmente o animal e permanecer em um lugar que vise o seu bem estar. Se possível, a deixe na altura dos olhos do cuidador, o que facilitará para conversar e alimentar o pássaro. Mantenha longe de predadores naturais como gatos.

Aves são sensíveis à temperatura. Procure manter a gaiola afastada de correntes de ar e evite que fiquem em frente a portas, ventiladores e ar condicionado.

Exposição ao sol sem sombra por muito tempo também não é recomendável, assim como mantê-las próximo a objetos, já que podem acabar estragando com os bicos.

O volume alto de eletrônicos ou ainda de crianças brincando também não farão bem ao animal.
Mantenha-os em cômodos frequentados pelos moradores da casa e que tenham menos ruídos. Como qualquer outro pet não gosta de permanecer sozinho e se sentem felizes na companhia da família. Quando não recebem atenção costumam ficar agitados, agressivos e se recusam comer. É preciso criar um ambiente de paz.


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