Licença PETernidade, conheça esse benefício para tutores

Ação proporciona maior tranquilidade para a rotina dos tutores nos primeiros dias do novo pet em casa

Com a presença cada vez maior nos lares pelo mundo, os pets vêm “ditando” tendências e novidades que influenciam na vida dos seus pais humanos.

Os espaços pet friendly como cafeterias, restaurantes, shoppings e hotéis são os queridinhos desse público na hora de sair de casa. Se podem estar acompanhados pelos filhos peludos, não há o porquê de deixá-los em casa.

Essa cultura não se restringe somente ao lazer. No mundo corporativo, por exemplo, empresas têm permitido a presença de animais de estimação em seus escritórios, os chamados “office pets”. Para o sucesso dessa inovação, colaboradores estão alinhados a política e regras de cada empresa.

Uma outra invenção que chegou ao mercado de trabalho e tem conquistado aprovação dos tutores é a licença PETeternidade (termo originário da junção das palavras “pet” e “paternidade”), mais um benefício trabalhista adotado por empresas visando fortalecimento da marca como atração e permanência de talentos.

A licença

Criada com o intuito de estimular e promover a adoção responsável de animais de estimação, a licença PETernidade é um benefício adotado por muitas empresas pelo país, inclusive grandes corporações. É válida para homens como para mulheres.

Concede ao funcionário (a) que compra, adota ou ganha um cachorro ou gato uma folga de até dois dias de trabalho para cuidar do pet nos seus primeiros dias no novo lar sem prejuízo a remuneração do colaborador.

É importante ressaltar que o benefício é opcional, ou seja, aderem a ela somente as empresas que se interessarem. Não é legal ou normativa, que vincula a empresa a obrigação de fazer-se cumprir.

Benefícios

Diversos são os benefícios da licença, sendo o principal a relação humano-animal. Disponível e livre dos compromissos profissionais, o tutor poderá dedicar-se à chegada do novo amigo ajudando em sua adaptação ao lar, diminuindo ou até evitando o estresse do pet e impactos negativos.

Profissionais apontam ser crucial esse momento juntos para a adaptação, qualidade de vida e bem-estar de ambos.

Regras

As regras desta licença são estabelecidas por cada corporação, já que é um benefício optativo. De modo geral todas seguem o mesmo princípio: é disponibilizado ao colaborador até dois dias de licença.

Há empresas, por exemplo, que concedem a opção deste amparo uma vez ao ano. Se adotou mais que um animal no período de 12 meses, terá apenas uma licença. Já outras, levam em conta a chegada de cada animal independente do período.

Qualquer alteração das regras ou encerramento do programa (poderão fazer a qualquer momento), a empresa deverá comunicar sua equipe previamente para o bem-estar de todos.

Solicitação

Antes mesmo da solicitação, o funcionário deverá se informar se é um benefício adotado pela empresa.
Em caso afirmativo, para solicitar a licença geralmente o colaborador deverá buscar o departamento de Recursos Humanos (RH) para saber a forma correta de como proceder e quais documentações deverá apresentar. Normalmente são solicitadas as que comprovem a responsabilidade e vínculo com o novo integrante da família.

Exemplos

Há várias empresas que adotaram o programa em suas unidades. Um exemplo é a Royal Canin, fabricante de rações para cães e gatos, que disponibiliza o benefício pela chegada de um novo animal há seis anos.

“A criação da Licença PETernidade parte do conceito de gerar consciência sobre a guarda responsável, o bem-estar animal e os benefícios comprovados da interação humano-animal. Nossa intenção é proporcionar ao novo tutor um tempo de qualidade para que ele possa se dedicar à adaptação do pet à rotina da família, além de providenciar os cuidados iniciais com a sua saúde, como visita ao médico-veterinário para check-up, atualização de vacinas e introdução do alimento mais adequado à sua necessidade”, afirma Juliana Gonçalves, diretora de RH da Royal Canin Brasil.

Segundo a executiva, a importância da conexão entre os colaboradores e seus pets no dia a dia e como isso impacta no aspecto profissional foi decisivo para implementar a iniciativa.

“Quando pensamos em incluir a Licença PETernidade, não foi somente pelo fato de sermos uma empresa de alimentos para pets. E, sim, especialmente, pela preocupação genuína que temos com as pessoas com as quais trabalhamos. Com a oportunidade de também levar o pet para o ambiente corporativo e ter um tempo dedicado para os cuidados iniciais, notamos que as relações de trabalho ficaram ainda mais próximas e colaborativas, uma vez que proporcionamos esse benefício às nossas pessoas”.

Outros exemplos para a iniciativa são marcas como a Petz, Petlov, Petland, Vivo e grupo Heineken.

Por Ana Lúcia Guarnieri