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Saiba tudo sobre a esporotricose em gatos!

Saiba tudo sobre a esporotricose em gatos!

Poder zoonótico da esporotricose é alto; conhecida também como “doença do jardineiro” é um problema de saúde pública

Uma das doenças mais preocupantes que podem afetar nossos amados bichanos chama-se esporotricose. Sua periculosidade à saúde do gato dá-se porque pode provocar diversos problemas ao pet. E não é somente a eles que ela pode afetar, os cães e humanos também podem ser acometidos por ela, já que se trata de uma zoonose.

Se o seu animal apresentar os sintomas, busque ajuda de um médico veterinário. Há tratamento e cura, e o gato não precisará ser sacrificado. Atente-se sempre ao seu pet!

O que é?

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo Sporothrixschinckij, que vive no solo e nas plantas, sendo encontrados na vegetação, solo e matéria orgânica.

Os gatos são propensos a doença e há uma explicação para isso. A infecção ocorre pelo contato com essas superfícies, hábito comum dos gatos ao enterrar fezes no solo e afiar as garras em árvores.

A doença divide-se em três tipos, sendo que a gravidade é variável de acordo com cada uma delas. A esporotricose cutânea localizada, por exemplo, é a forma menos grave, porém não deixa de ser perigosa. É considerada a primeira fase e causa no animal nódulos vermelhos e feridas que podem ser profundas e de difícil cicatrização. Além da pele (região da cabeça, lombar e membros) podem afetar também as mucosas.

A esporotricose linfocutânea é uma evolução da primeira fase a atinge também o sistema linfático do bichano. Ataca a pele mais profundamente.

A terceira e última, cutânea disseminada, atinge o organismo todo do animal. É a forma mais grave da doença e neste estágio, a recuperação torna-se mais difícil.

Transmissão
A transmissão da esporotricose ocorre com a entrada do fungo através de uma lesão na pele ou implante traumático do fungo na pele. Nas colônias felinas dá-se pelo contato do animal infectado com os saudáveis. Estes podem ocorrer durante as brigas, compartilhamento do ambiente e das camas.

Já entre animais e humanos, chamada de transmissão zoonótica, tem sido relacionada por arranhadura, mordedura de animais doentes ou portadores assintomáticos.

A contaminação pode ocorrer também em pessoas que manipulam a terra, como jardineiros, trabalhadores rurais. É válido ressaltar que o fungo não tem predileção sexual, racial ou de faixa etária.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da esporotricose felina são: aumento de volume na região afetada; lesões ulceradas na pele, com pus e que não cicatrizam. Estas podem afetar o corpo todo.

Caso encontre lesões suspeitas, é importante que procure imediatamente atendimento médico veterinário. A doença pode ser fatal, causará enorme sofrimento antes da morte, e ainda poderá contaminar ouros gatos e pessoas saudáveis.

Diagnóstico

Além da avaliação clínica de um médico veterinário, alguns exames poderão ser solicitados pelo profissional para a confirmação do diagnóstico.

Um deles é o exame citopatológico, que é a análise dos tecidos e células lesionadas por meio de microscópio). O cultivo micológico também poderá ser pedido.

Tratamento

O tratamento da esporotricose é feito com a utilização de antifúngicos orais específicos, com associação de antibióticos quando necessário. O veterinário poderá prescrever também, dependendo do caso e da gravidade, uma pomada para esporotricose.

É uma terapia longa (estende-se por semanas), e o tratamento deve ser completo e sem interrupções para ter bons resultados. A interrupção precoce do tratamento poderá facilitar a recidiva e a resistência do fungo aos medicamentos.

Esse procedimento é válido tanto nos animais quanto no homem.

Prevenção

A esporotricose pode ser prevenida com ações:

• evitar que gatos tenham acesso às ruas e a terra;

• castrar os animais (gatos e cães) para diminuir as saídas à rua e evitar a transmissão da doença;

• lidar com o solo sempre usando luvas; limpar o ambiente com água sanitária;

• usar luvas protetoras ao tratar de gatos doentes para se prevenir da infecção;

• manter o felino acometido em um ambiente separado durante o tratamento para evitar o contágio de outros gatos.

Por Ana Lúcia Guarnieri


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