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Empresas pet friendly: do quintal para o mundo corporativo

Empresas pet friendly: do quintal para o mundo corporativo

Esse tipo de cultura promove o bem-estar e a satisfação dos colaboradores,
e contribui para o aumento da reputação das empresas

O conceito pet friendly (tradução livre significa “aceita animal de estimação”) já caiu nas graças dos brasileiros, de tutores de outras nacionalidades e tornou-se tendência mundial. Além de bares, restaurantes, hotéis e shoppings, conquistou também o mundo corporativo.

Cada vez mais empresas adotam a ideia e o que há alguns anos seria inaceitável neste tipo de ambiente – a presença de animais de estimação, já se tornou realidade e com aprovação.

Os “office pets” além dos benefícios que trazem ao seu próprio tutor e a si, se estendem também a outros integrantes da equipe e ao local como um todo. Aumento de foco, felicidade, mais interação entre os colaboradores e ambientes menos estressantes são algumas vantagens desse tipo de cultura.

É importante destacar que não há uma regra definida para todas as empresas que adotam este tipo de cultura, além de proporcionar um ambiente adequado ao pet friendly. Cada uma seguirá sua política e rotina. Há as que aceitam somente cães, outras que há variação do porte do animal, e ainda as que aprovam a presença de gatos e outras espécies.

O ambiente

Um ambiente de trabalho pet friendly deve ser preparado para receber bem os animais de estimação e proporcionar conforto a eles. É preciso também adequações dos espaços e às vezes, até da cultura organizacional da empresa.

Deve obrigatoriamente contar com uma infraestrutura que proporcione segurança para evitar acidentes (cabos de energia com proteção, telas nas janelas etc.) e com espaços definidos visando as necessidades do pet – locais para os potes de comida e água; caixa de areia ou tapetes higiênicos; descanso; locomoção; passeio.

O conceito pode ser aplicado em empresas e escritórios de todos os portes, porém devem ser feitos alguns estudos antes da sua implantação inclusive, com a opinião dos colaboradores.

As que estão instaladas em condomínios, devem consultar também o estatuto do mesmo, para que não haja descumprimento das regras e sejam penalizados pelo trânsito e presença desses animais nas áreas comuns.

Já há uma movimentação visando a autorização e aceitação dos pets.

Política da empresa, rotina e regras

De acordo com a sua política, as empresas estabelecerão algumas regras para o bem estar de todos. O que a maioria, se não todas, têm em comum é a exigência de que o animal que vá frequentar esse ambiente esteja com a saúde em dia e limpos, para evitar contágios e infestações.

Outras regras comumente determinadas são: animal não pode ser grande; não pode andar sozinho no escritório nem em áreas comuns (banheiros, cafés e refeitórios); vizinhos de trabalho precisam concordar com a presença dele, funcionário é responsável pela alimentação, higiene e ofertar brinquedos para entretê-los.

Há também que se respeitar a agenda estabelecida para que todos possam usufruir e por consequência evitar uma grande confusão.

Todas as regras sobre a permanência dos pets no local de trabalho devem ser comunicadas de forma clara, transparente e eficiente. Normalmente, é a equipe de Recursos Humanos a responsável pela publicação.

Exemplos

Grandes empresas aqui no Brasil já adotaram o conceito. O Google Brasil (em São Paulo), por exemplo, é empresa pet friendly desde 2013. Por lá, é permitida apenas a presença de cães de pequeno e médio porte.

No escritório da Amazon, somente os amigos caninos são autorizados.

Na sede paulista da Royal Canin, que atua no segmento pet, além dos amigos de quatro patas, os bichanos também tem vez.

Em sua unidade Brasil, a Mars, ultrapassou a sua primeira década de cultura pet e vai além. Proporciona rotas de caminhada, playgrounds, salas de reunião que permitem a entrada de cães e áreas de atividades. Contam com “Política de Petiqueta” no escritório e a “Licença Peternidade“, que autoriza que os associados tirem dez horas de licença remunerada quando compram ou ganham um pet.

A Nestlé Brasil, na capital paulista, também autorizou no primeiro semestre do ano passado, a presença de cães e gatos dos seus colaboradores todos os dias no trabalho. Há limite de 10 animais por dia e para garantir a vaga, o funcionário faz a reserva por meio de um aplicativo.

Benefícios das empresas pet friendly

Diversas são as vantagens que o ambiente pet friendly proporciona a equipe: menos estresse, mais produtividade, aumento da criatividade e colaboratividade, valorização do funcionário entre outros.

Existem alguns estudos pelo mundo a respeito do tema e que demonstram e reforçam os efeitos positivos que esse tipo de política proporciona.

Um exemplo é o “Pets atWork”, realizado na Europa e divulgado pela marca Purina. Dentre os entrevistados, 46% acreditam que os pets ajudam a criar uma atmosfera mais tranquila, 45% afirmam que trabalhar em um ambiente pet friendly contribui para reduzir o estresse e 41% mencionam a melhoria do equilíbrio vida pessoal/trabalho.

Outro exemplo, que também apresentou conclusão motivadora, foi uma pesquisa realizada pela Virginia Commonweath University (EUA), em uma empresa com 76 colaboradores. Relatos de aumento de foco e produtividade (em até 25%, quando relacionado com aqueles que não levaram seus pets), rotina mais divertida, aproximação entre a equipe e criação de um senso de pertencimento foram parte dos resultados.

Os benefícios de empresas que adotam o conceito não se restringem apenas aos seus funcionários. Passam a ser vistas com uma reputação melhor e na hora da contratação, oferecer o benefício Pet Work, pode ser o diferencial para a escolha do novo colaborador. É uma forma de atrair e reter talentos.

Por Ana Lúcia Guarnieri


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