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Meu pet idoso!

Meu pet idoso!

 

A expectativa de vida dos pets tem aumentado significativamente nos últimos anos, aumentando o número de pets idosos. Diversos fatores contribuíram para a longevidade dos nossos amados bichinhos de estimação como, por exemplo, o avanço da medicina veterinária, tecnologia e a alimentação de qualidade, adequada para cada raça e fase da vida do animal.

Outro quesito que também tem sido importante é o cuidado do tutor com o animal. A importância dedicada ao pet e a noção de que o animal é um integrante da família aumentaram.

Não são só os cachorros que ganharam esse “plus”, outras espécies também têm tido uma expectativa de vida maior e recebido mais cuidados.

O médico veterinário Dr. Heitor Fioravanti, da clínica Dr. Niva, falou sobre as particularidades dos animais de diversas espécies na terceira idade, inclusive sobre as principais mudanças dos pets nessa fase e como o tutor poderá ajudá-los para terem mais qualidade de vida.

Idade de pet idoso

Você sabe com quantos anos um animal é considerado idoso? Essa é uma dúvida comum que o Dr. Heitor ajuda a esclarecer: “Varia de acordo com a espécie, mas quando o pet ultrapassa 50% do tempo de sua expectativa de vida média, ele já pode ser considerado idoso e começa a ter alterações no seu metabolismo geral exigindo atenção e cuidados especiais”.

Segundo Fioravanti, de modo geral, cães tornam-se idosos a partir dos 6 anos (grande porte envelhecem mais rápido) e os bichanos, após os 7. Já os roedores têm expectativa de vida menor – hamster, a partir de 1 ano; porquinho da índia, após os 3; coelho, 5 anos.

Com as aves, acontece o oposto aos roedores. Os papagaios, por exemplo, podem viver até os 80 anos. Entram na idade senil com meia idade, ou seja, próximo aos 40 anos de vida. Em relação às calopsitas, tornam-se idosas ao redor de 6 a 7 anos, porém já existem relatos de aves com 25 anos de idade.

Mudanças no animal

Com a chegada da idade senil, diversas são as mudanças que o animal terá. Dentre as alterações físicas, notará a modificação de coloração de pelos e penas, que assim como a pele, ficam também mais frágeis. Há também perda de massa muscular (chamada de sarcopenia senil), um fator que predispõe a lesões ortopédicas.

Será perceptível ainda, resultado da queda no metabolismo geral, lentidão no pet. Dr. Heitor exemplifica: “Rotina, movimentos, reflexos, cicatrização e recuperação são mais demorados se comparados aos jovens. Assim como os filhotes, os animais idosos são considerados grupo de risco para várias doenças, pois tem um sistema imunológico menos eficaz do que um adulto, sendo importantes os cuidados preventivos desde filhote, para que se torne um idoso com boa resistência física”.

Alterações comportamentais também serão observáveis: “O pet idoso tende a ter menor disposição para atividades e dorme mais, no entanto é importante diferenciar esse comportamento de sintomas de doenças, pois a grande maioria que acometem pets idosos, como doença renal e câncer, são silenciosas. Portanto, qualquer mudança de comportamento do seu pet idoso, é importante levá-lo ao veterinário para uma consulta e realização de exames”, pontuou o veterinário.

Doenças – Por conta do metabolismo mais lento do pet idoso, associado à fragilidade do funcionamento de órgãos e queda da imunidade, eles têm predisposição ao desenvolvimento de mais doenças relacionadas ao envelhecimento.

No geral, o processo de envelhecimento é bem semelhante entre os animais e as principais doenças relacionadas a esse processo, são: câncer, doença renal, alterações cardíacas, catarata, doenças hormonais, artrose e dores articulares.

Limitações

Devido a idade, os pets idosos também passam a ter algumas limitações. As principais estão relacionadas ao ambiente, que deve contar com uma atenção especial do tutor para que não ocorram acidentes: “Eles tendem a ter dificuldades em subir degraus, poleiros, sendo necessárias adaptações para evitar lesões decorrentes de quedas e escorregões, como emborrachamento do piso e uso de rampas de acesso. Além disso, facilitar o acesso ao alimento e água, utilizando comedouros elevados”, afirmou Heitor.

O veterinário aconselhou também que se evite mudanças bruscas na rotina do pet idoso, pois eles têm uma capacidade de adaptação menor.

Cuidados com pets idosos

Além dos cuidados com a higiene dos animais, os tutores devem se atentar a outros que também são de suma importância.

Oferecer uma alimentação de qualidade, balanceada e prescrita por um médico veterinário, independente da espécie, é primordial. É recomendada uma dieta com menos calorias, para controle de peso, pois idosos tendem a ganhar quilinhos extras e dieta com níveis menores de proteínas para não sobrecarregar o fígado e os rins.

Levar o pet para os check-ups semestrais (medicina preventiva) com o médico veterinário para diagnóstico precoce de doenças, também é um ato de amor.

Há ainda os cuidados relacionados ao bem estar do animal idoso. Fioravanti destacou algumas dicas que contribuirão para este fim:

1: Evite mudanças bruscas na rotina do pet idoso;

2: Pense em facilitar tudo de forma que consiga ter uma rotina confortável e com menor risco de acidente, idosos precisam de supervisão redobrada, assim como filhotes;

3: Cuidado com frio e calor extremos (sofrem com mudanças de temperatura);

4: Uso de medicamentos somente sob prescrição do veterinário, pois idosos são muito mais sensíveis e seus órgãos muito mais lentos para metabolização, podendo intoxicar o seu pet se utilizar de forma errada.

Belinha apresentou primeiros sinais da idade aos 12 anos

Foi há cerca de 2 anos que a yorkshire Belinha (14 anos), pertencente à administradora de empresas Janaina Baldi, apresentou os primeiros sinais da terceira idade.

“Percebemos quando ela deixou de ir até a porta nos receber ao chegarmos em casa. Antes, ao ouvir o portão abrir, ela corria toda feliz até a porta de entrada, o que não acontece mais hoje”, contou Janaina.

Segundo a tutora, problemas de saúde também começaram a surgir nessa fase, alguns simultaneamente: “Câncer de mama, perda da audição, dificuldade para subir um degrau, dificuldade para descer do sofá, e claro, ficou mais ‘ranzinza’ (risos)”.

Algumas adaptações foram feitas na casa visando o bem estar da cachorrinha: “Precisamos colocar um apoio para subir o degrau. Também tivemos que acostumar ela a dormir novamente na caminha dela, pois ela ‘rosna’ demais a noite quando encosta nela. Essa foi a nossa pior parte, já que ela dormia com a gente na cama desde pequena!”.

Para finalizar, a administradora disse também que sempre manteve em dia as consultas veterinárias, hábito este que acredita que a ajudou na prevenção de doenças relativas à idade, principalmente quando teve câncer de mama.

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